O SONHO EUROPEU
Na sexta-feira passada tive conhecimento de uma história sobre um tema que me deixa particularmente aborrecido! Trata-se do moviemnto de migração que vem da África subsariana até à nossA Europazinha linda!.... Passo então a contar a história por alto sem mais "palha".
'Tava a trabalhar quando soube que chegou ao CAT (Centro de Acolhimento Temporário de Elvas) um par de guineenses. Passado umas horas, e por circuntâncias que não interessam, soube da história deles. Percurso da viagem: Guiné (Badinga) - Senegal - Mauritânia - Marrocos - Espanha - Portugal (Elvas). Quando chegaram a Espanha e mais particularmente a Badajoz conseguiram passar a fronteira (não é difícil acreditem) e estavam agora em Elvas. Decidiram vir p'ra cá porque disseram "são aqueles em que nos disseram que eram os únicos em quem podíamos confiar". Circunstâncias da Viagem: fizeram-na a pé. Eu perguntei-lhes "a pé?" Responderam "Sim, senhor". Não comiam à cinco dias e só bebiam água de fontes públicas e quando arranjavam um tipo de refúgio só saíam durante a noite para se portegerem.
Nesse dia resolveram entregar-se na polícia porque não aguentavam. Toodos os que 'tamos ali perto do CAT, passámos logo a desenvolver esforços para encontrar trabalh dia e meio. Não conseguimos. Segunda-Feira de manhã apareceram os tipos do SEF e levaram-nos pa Espanha por causa de uns acordos internacionais entre alguns países africanos e Espanha.
Um deles tinha 20 anos e já 3 filhos. O outro tinha 27 e 2 filhos penso. O de 20 anos sabia falar portugês mas o outro não! Ou seja, passaram tudo isso e deixaram tudo aquilo. família, filhos casa e ..tudo para lutar por aquilo que tinham: só trazaim com eles a prótpria vida.
Fiquei profundamente triste com isto: não é esta a Europa que quero para mim nem para os que estão nela nem para os que a desejam. Seria bom pensarmos todos um bocado e reflectir se aqueles que nos representam de facto são os mesmos que manisfestam aquilo que queremos.
Pensem!
'Tava a trabalhar quando soube que chegou ao CAT (Centro de Acolhimento Temporário de Elvas) um par de guineenses. Passado umas horas, e por circuntâncias que não interessam, soube da história deles. Percurso da viagem: Guiné (Badinga) - Senegal - Mauritânia - Marrocos - Espanha - Portugal (Elvas). Quando chegaram a Espanha e mais particularmente a Badajoz conseguiram passar a fronteira (não é difícil acreditem) e estavam agora em Elvas. Decidiram vir p'ra cá porque disseram "são aqueles em que nos disseram que eram os únicos em quem podíamos confiar". Circunstâncias da Viagem: fizeram-na a pé. Eu perguntei-lhes "a pé?" Responderam "Sim, senhor". Não comiam à cinco dias e só bebiam água de fontes públicas e quando arranjavam um tipo de refúgio só saíam durante a noite para se portegerem.
Nesse dia resolveram entregar-se na polícia porque não aguentavam. Toodos os que 'tamos ali perto do CAT, passámos logo a desenvolver esforços para encontrar trabalh dia e meio. Não conseguimos. Segunda-Feira de manhã apareceram os tipos do SEF e levaram-nos pa Espanha por causa de uns acordos internacionais entre alguns países africanos e Espanha.
Um deles tinha 20 anos e já 3 filhos. O outro tinha 27 e 2 filhos penso. O de 20 anos sabia falar portugês mas o outro não! Ou seja, passaram tudo isso e deixaram tudo aquilo. família, filhos casa e ..tudo para lutar por aquilo que tinham: só trazaim com eles a prótpria vida.
Fiquei profundamente triste com isto: não é esta a Europa que quero para mim nem para os que estão nela nem para os que a desejam. Seria bom pensarmos todos um bocado e reflectir se aqueles que nos representam de facto são os mesmos que manisfestam aquilo que queremos.
Pensem!
posted by Guilherme Cortes at 8:42 da tarde
3 Comments:
Infelizmente esta é a realidade... Ainda não tinha tido conhecimento de casos concretos de africanos... Mas tenho tido conhecimentos de casos de pessoas dos paises de leste... Vejamos as coisas neste termos... Há 30 anos atrás eram os portugueses que estavam nessa situação...
Sim mas o estilo de emigração que poderás fazer agora não é o mesmo que os nossos pais ou avós fizeram... Tu sabes disso. Não vais a pé, por entre o mato, a pular vedações, a esconderes-te da polícia para ires para qualquer país europeu, pois não? O facto é que, para nós, ainda que tenhamos que procurar uma nova vida fora das fronteiras do nosso pais há certas questões que nos são facilitadas...
Tens toda a razão Mila!
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